quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje em dia.

O que é mais difícil: um camelo passar pela cabeça de um alfinete, ou um brasileiro vindo do México e de descendência árabe passar pela imigração em um aeroporta nos EUA?

segunda-feira, 23 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Maurício de Souza abre fogo contra seus pés.



Acho que todo mundo, assim como esse que vos escreve, foi um leitor assíduo das revistinhas da Turma da Mônica. Eu lembro que esperava ansiosamente pelo dia que o Almanacão de Férias chegava nas bancas. Na infância, as tirinhas eram divertidas e engraçadas para a molecada e depois de alguns anos, elas ainda nos prendem. Funcionam como uma espécie de leitura spa, nos trazem momentos nostálgicos e também nos revelam, em algumas tiras, sacadas que éramos muito garotos para perceber naquele tempo. A revista foi perdendo a sua força com o passar do tempo e, para resolver isso, ao invés de investir em bons contadores de histórias, o sr Maurício de Souza resolve fazer uma versão teen da revista e em formato de mangá (!?). Os personagens clássicos perderam suas caracterísitcas. Mônica e Cebolinha, que agora se chama Cebola, são amigos e até "ficam", Cascão já toma banho de vez em quando e a Magali não é mais comilona. Aliás, tanto a Mônica quanto a Magali se tornaram jovens de belas formas. O Cebola, não fala mais "elado" também. Só falta o Chico Bento ser um mestre da Bovespa. A intenção do M de Souza era aproximar a revista dos adolescentes e aí ele consegue dar um tiro no pé. Talvez o pessimista Nimbus pudesse ter dado um toque para ele. O mundo já está farto de porcarias do tipo. Os adolescentes tem Malhação, que assim como essa revista nova, tem muito beijo, papos sobre drogas e sexo e, mesmo assim, consegue ser mais infantil do que os Teletubies. Fora as séries importadas e as revistas Capricho, que também já dominam a luta pela queima de jovens neurônios. Maurício de Souza diz que criou a revista para educar esses jovens, ajudar. Quem é ou já foi jovem, sabe que nada é mais ridículo do que uma pessoa de mais idade tentando "falar a mesma língua". A notícia do beijo entre Mônica e Cebolinha ganhou destaque na mídia, dividindo espaço com o fim do noivado de Dado e Luana, o novo afair de Suzana Vieira, as cenas quentes de Paris Hilton e por aí vai. Nunca imaginei que esses personagens ilustrados iriam acabar dividindo manchetes com esses nada ilustrados. Eu tenho certeza que um adulto, em uma sala de dentista, adoraria pegar uma revistinha do Cascão, mas uma criança que agora tem em mãos essa nova versão da Turma, logo vai perceber que na CARAS, tem coisa muito mais legal. Esse será então o serviço do nosso educador a essa geração de jovens. Mais um tiro no pé.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Semana Insuperável de Superações Esportivas.

A matemática é simples: 1 gol no Palmeiras = Ronaldo - (cara que tremeu na final da copa, que é bichado dos dois joelhos, que fuma e bebe durante recuperação, que chega em uma copa com 100Kg, que joga um clássico com 200, que compra drogas, que pede serviços de 2 travestis, que não consergue largar a noite, que bota o nome de ronald em um filho). 
Não se fala em outra coisa na TV desde o último paredão do BBB. Todos se perguntam, a não ser a rede Globo que já afirma: ele vai voltar ao topo?
Isso nos leva para mais um caso que também ocorreu essa semana.
O nosso Rubinho, aquele dos comerciais de Nokia, ele conseguiu se manter na F1. Ele é o recordista de corridas na categoria, mas diz que ainda não teve chance de mostrar o que sabe. 
No caso do Rubinho, a pergunta geral é diferente da feita sobre o Ronaldo. Todos perguntam: será que ele vai voltar pra perto do topo? Mas acaba sendo uma retórica. Todos sabemos o que está por vir. Com Rubinho e Piquet, já imagino o Galvão gritando: é dobradinha brasileira na última fila!!!
E por último, mais um dos nossos atletas deu a volta por cima essa semana. O nosso corredor, maratonista e ex presidente Collor acaba de ser nomeado para ser presidente da comissão de infraestrutura do senado. Há pouco tempo, esse exemplo de força de vontade não tinha nem direitos políticos e olha ele aí no topo novamente. E você aí pensando: pintei a cara toda pra que?
Foi mesmo uma semana incrível.


quarta-feira, 4 de março de 2009

O Triste Fim do Casal de Físicos Quânticos.

Era um jovem casal de físicos quânticos, que se despediam ao telefone depois de duas horas de conversa. Daquelas que só os 3 primeiros meses de namoro são capazes de produzir:

- Então tá, ursinho, vou dormir. Mil beijoquitas.

- Mais mil pra você, floquinha.

- ...

- ...

- Vai, desliga você primeiro...

- Ah não! Desliga você.

- Ah, mas eu te amo muito!

- Eu amo mais!

- Eu amo mais, mais um.

- Eu amo infinito!

- Eu amo infinito, MAIS UM.

- Isso é impossível!

- Como assim?!? Você não considera as variáveis?

- Isso é loucura, foge de qualquer lógica.

- Não para mim.

- Então prove que é possível!

- Prove que não é!

- Ok!

- Tá, tchau.

- Tchau.

Dias depois foram achados, cada um em sua casa, ao chão. Mortos por desidratação sobre folhas e folhas de papel que ainda não tinham nenhuma conclusão.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Crise e Crime

Na rua escura, do bairro perigoso e pouco movimentado, ele vinha andando a caça de uma vítima. Observou o vulto que se aproximava lentamente, beirando os muros sujos. A abordagem foi rápida:

- Perdeu, passa tudo!

- Como assim?

- Ora, como assim? Estou te assaltando, otário.

- Está cometendo um erro.

- Erro? Quer morrer, idiota?

- Eu sou o estuprador do bairro. Estou aqui trabalhando também.

- Ah, puts. Ta ruim o movimento, né?

- Muito. A mídia estragou o negócio.

- Pois é. Roubava relógios, carteiras. Agora to sem grana pra nada. Não como a dois dias.

- E eu que como as vítimas, tá foda.

- Bom, tem um trocado aí?

- Desculpa, não. Tá afim de transar?

- Foi mal, não curto. Respeito, mas não curto.

- Ok, então, passar bem.

- Igualmente.

E saíram, em direções opostas, mas com o mesmo pensamento: bons tempos quando o bairro perigoso ainda não era tão perigoso.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Fodeu...


Um avião fez um pouso no rio Hudson, em NY. A imagem de um avião pousado em um rio merece todo o destaque, realmente é algo bastante curioso e, obviamente, a habilidade do piloto deve ser reconhecida. Porém, o heroísmo que o sr Chesley Sullenberger ganhou pela façanha me preocupa e muito. Quem já andou de avião sabe: antes de começarmos a assistir filmes dignos do acervo da Sessão da Tarde em um voo, somos obrigados a assistir os procedimentos de segurança e, os comissários fazem a versão aérea de macarena mostrando como pegamos os coletes e etc para o caso de um pouso na água. O problema, é que eles falam com a maior calma do mundo, dando a entender que um pouso na água é algo absolutamente fácil e normal. Eu sempre achei que um avião pode pousar na água com a mesma facilidade que pousa numa pista (a não ser em Congonhas, que deve ser mais dificíl do que pousar numa poça). Os comissários nunca dizem: em caso de pouso em um vulcão em erupção, ou no caso de pouso em uma floresta, ou ainda, no caso de pouso no Complexo do Alemão. Esse acidente e o herói que foi criado por ele, mostra que pousar na água não é nada fácil, muito pelo contrário, é quase impossível, beirando um milagre. Por isso, da próxima vez que eu andar de avião, eu espero duas coisas: que não seja da Gol e que antes de decolar a aeromoça diga: em caso de pouso na água, Chesley Sullenberger está aqui.